segunda-feira, 27 de abril de 2015

De Virada 69: desejos que se expressam por palavras impressas, que começam insinuando-se no corpo da página e se expressam na imaginação e no corpo do ouvinte.


DE VIRADA, 69

São 69 histórias contadas em 15 horas ininterruptas, virando a noite, das 6h do sábado até às 9 da manhã, no domingo, por apenas uma contadora de histórias, que também é atriz e, quando convém, personal sex. 

Um recorte de Sherazade, que passeia por narrativas apresentadas em vários formatos: mediação de histórias, leituras dramáticas, narração performática, perpassando pela poesia e música,  interagindo e compartilhando histórias eróticas, inclusive autorais, que vão desde o estilo refinado à dicção coloquial, passando elegante e delicadamente pelos chamados termos de 'baixo calão', e relatando peripécias, sem censura, porém com todo o tratamento artístico. 

O erotismo é um dos princípios da atração, elemento passional do ideal de amor. O amor é uma das deixas para o exercício do erotismo. É cíclico.

A arte do erotismo, na forma de escrita literária, é um gênero poderosamente permissivo, que, com recorte nas expressões artístico-literárias, possui o poder de despertar e/ou ativar desejos. A literatura erótica, neste momento, é tratada como manifestação da liberdade e do amor. 

Do projeto:

O projeto teve início com o desejo de inspirar passantes numa sexta feira, às 6 da tarde, na Avenida Paulista - SP, abordando-os e lhes oferecendo alguns segundos de história, escolhidas pela capa do livro, pelo ouvinte, momento este que podia ser interrompido a qualquer momento, enquanto durasse sua curiosidade/vontade.
O passo seguinte foi realizar a proposta em espaço fechado, driblando a hora do rush com histórias.
Atendendo a pedidos a proposta foi realizada em espaços culturais e em eventos fechados para seletos convidados. Daí surgem Os Líteros-gastronômicos (gastronomia afrodisíaca com literatura erótica) e, deste desdobramento, surge evento o De Virada 69.

As mais 'perdidas':

1. Justine, Marquês de Sade 
A personagem protagoniza história de sofrimento, que começa após a morte de seus pais e a perda de bens e da estabilidade social. Justine é a típica mártir que se coloca à disposição para morrer do que agir de maneira que coloque em questionamento suas virtudes, nunca cedendo as tentações ou propostas das pessoas que vai encontrando no seu caminho.

2. Trópico de Câncer, Henry Miller
“Notório por sua sexualidade explícita”, o livro mistura realidade e ficção na literatura erótica. A obra é considerada um dos clássicos porque, além de falar objetivamente sobre sexo, aborda temas como pobreza, solidão, entre outros.

3. Fanny Hill ou Memórias de uma Mulher de Prazer, John Cleland
São cartas narradas em primeira pessoa, por uma mulher que, órfã aos quinze anos, vai para Londres tentar a vida e acaba se tornando uma requisitada cortesã. O livro descreve com detalhes explícitos  as aventuras da iniciação sexual de uma jovem que, de menina insegura, passa a ser a cortesã de muitos amantes. 
 
4. Lolita, Vladimir Nabokov
O protagonista é um professor de meia-idade que da cadeia, à espera de um julgamento por homicídio, ele narra, num misto de confissão e memória, a irreprimível e desastrosa atração por Lolita, a filha de 12 anos de sua senhoria.
 
5. A História de O, Anne Desclos (sob o pseudônimo de Pauline Réage)
"O" é uma mulher livre e independente que, levada por seu amante, se torna uma escrava de alguns homens e, submetida por sua própria vontade e consentimento, a uma variedade de práticas sexuais sadomasoquistas
  
6. A vida sexual de Catherine M., de Catherine Millet
A autora revela em detalhes a sua vida sexual, narrando histórias de orgias em grupos de até 150 desconhecidos nos cenários mais variados: estradas, casa de amigos, clubes, etc... com descrições detalhadas e imagens fotográficas.


Um trecho: "Nunca faço rápido demais no início, prefiro cobrir todo o comprimento do membro, mantenho o ritmo moderado. Tenho um sentimento inefável de controle: é incrível como uma minúscula vibração da língua pode despertar uma resposta desmedida".

7. A Casa dos Budas Ditosos", João Ubaldo Ribeiro
Conta as histórias da uma baiana que, aos 68 anos, decide revelar detalhes da sua vida sexual, entre reflexões sobre o sexo e seus tabus.

Um trecho: "(...) e eu doida que ele gozasse na minha boca e ele acreditando naquela frescura preliminar do ‘essa coisa que espirra' e tirando o pau fora de minha boca para gozar na minha mão, até que não aguentei e grunhi 'goze na minha boca!' e reenfiei o pau dele tanto quanto pude na boca e só parei quando senti ele gozando quase em minha garganta".

8. Kama Sutra, de Vatsyayana

O mais clássico dos livros que tratam do sexo, o Kama Sutra também fala de amor em linguagem que beira o científico.

Um trecho: "Quando o amor se intensifica, entram em jogo as pressões ou arranhões no corpo com as unhas. As pressões com as unhas, entretanto, não são comuns senão entre aqueles que estejam intensamente apaixonados, ou seja, cheios de paixão. São empregadas, juntamente com a mordida, por aqueles para quem tal prática é agradável".

9. 120 Dias de Sodoma, Marquês de Sade
A história de quatro homens que decidem viver orgias com 46 pessoas durante 4 meses. A ideia é experimentar os mais diversos tipos de “vícios” sexuais.

10. 100 Escovadas Antes de Dormir, Melissa Panarello
O livro conta as experiências vividas pela autora durante a adolescência. desde a perda da virgindade até sua participação em orgias, sexo homossexual, sadomasoquismo, drogas e  mais. Uma combinação de erotismo com emoções (medos e inseguranças), reflexo do turbilhão de emoções pelo qual passam os adolescentes.

11. As 100 melhores Histórias Eróticas da Literatura Universal, por Flávio Moreira
Histórias de todos os séculos e dos quatro cantos do mundo. Além dos autores renomados, a obra trata do erotismo desde a Grécia antes de Cristo, até os dias atuais.

Entre os autores: Anna P., Nelson Rodrigues, Clarice Lispector, Gisela Rao e outros ainda.

Estas são obras que, em acordo com meu olhar, enxergam a vida pela perspectiva sensorial e sensual. Uns autores são extremamente delicados, outros apaixonantes e outros, ainda, totalmente sujos.

Com intenção de ofertar momentos efetivos de interação com o publico, serão disponibilizados num varal livros, para quem queira ler e/ou contar.

Sobre mim: 

ELIANA BACH - ROSA 

Sou atriz (DRT 11 288) formada em nível técnico pela Fundação das Artes de São Caetano do Sul e em nível superior (bacharelado e licenciatura em Educação Artística e Artes Cênicas) pela Universidade São Judas Tadeu – S.P. Cursei Habilitação Específica em Magistério na E.E.P.S.G. Cel. Bonifácio de Carvalho, em São Caetano do Sul, Radialismo e Direção Teatral.
Participei e ainda tenho participado (como aprendente e ministranda) de cursos, workshops e oficinas nas áreas da Educação, Teatro, Arte-educação e da Arte de Contar Histórias. 


Como aprendente com:
Zé Celso Martinez Correa; Gerald Thomaz; Marco Antonio Rodrigues; Iacov Hillel; Celso Frateschi; Roberto Anzai; Roberto Vignatti, Profissionais do Instituto Brincante; Profissionais do Jogando no Quintal; Celso Sisto, Ilan Brenman, Dan Yashinsky, Liliane Cinetto, Ana Griott entre outros, nas áreas de Expressão Corporal (danças e lutas); Interpretação (mímica, clown, métodos e sistemas); Improvisação; Maquiagem, Iluminação e Contação de Histórias, foram alguns dos profissionais com os quais pude aprender e exercitar ao longo da carreira.

Docência em Oficinas, Cursos e Workshops em Casas de Cultura vinculadas ao Estado (S.P.) e às Prefeituras da Grande São Paulo, entre elas: Mazzaropi, Casa de Cultura do Butantã e Baeta Neves.
Participação na implantação do trabalho artístico desenvolvido nos C.E.U.s, no C.E.U. Rosa da China, processo seletivo realizado pela Escola Municipal de Iniciação Artística (E.M.I.A.).

Atuei em peças com diferentes objetivos e estilos (Teatro em Empresas, Espetáculos Musicais, Peças direcionadas para o os públicos Infantil e Jovem e Adulto): Nosso Lar (direção: Renato Prieto); Viagem ao Antigo Egito (direção: Tatiane Martins); Gluby, a Gotinha (direção: Zé Carlos Freyria); A Casa de Bernarda Alba (direção: Alexandre Dressler); The Teatragem (direção: Joca Carvalho); History Game (direção: Oldair Soares); Quando Eu Não Consigo Dormir (Cia. dos Clownstrofóbicos)
 

Diretora geral, atriz e idealizadora dos projetos desenvolvidos pela Cia. dos Clownstrofóbicos (1999 a 2010). No momento realizando narrações, contação de histórias, mediação de leitura e intervenções no espaço urbano com a Cia. Histórias Bem Contadas e com os Líteros-gastronômicos.


Algumas imagens:

DE VIRADA 69

COM OS LÍTEROS-GASTRONÔMICOS, NA ESTAÇÃO GATO DE MÁSCARAS - SP

LITERATURA PROIBIDA


TUDO PRONTO: DE VIRADA 69

LITERATURA PARA MAIORES DE IDADE

DE VIRADA 69


DE VIRADA 69

DE VIRADA 69

LEITURA DRAMÁTICA - DE VIRADA 69

LEITURA COMPARTILHADA - DE VIRADA 69

LEITORES VOLUNTARIOSOS - DE VIRADA 69

LEITOR DESEJOSAMENTE VOLUNTÁRIO - DE VIRADA, 69

DE VIRADA 69

EVENTO FECHADO - DE VIRADA 69

 
DE VIRADA 69

DE VIRADA 69

REPASSANDO OS TEXTOS - DE VIRADA 69

TUDO PRONTO - DE VIRADA 69

DE VIRADA 69

DE VIRADA 69

DE VIRADA 69

DE VIRADA 69

DE VIRADA 69

DE VIRADA 69

DE VIRADA 69

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DE VIRADA 69

DE VIRADA 69

DE VIRADA 69

DE VIRADA 69

De Virada, 69, além do incentivo à leitura por meio da literatura erótica elegante, se propõe a disponibilizar preservativos e materiais informativos, que podem fomentar discussões sobre universo da sexualidade e da prática sexual segura.


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De Virada 69:

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